sexta-feira, 19 de agosto de 2011

CARTA DO AHUMà-II Encontro dos Jovens Indígenas de Oiapoque

Elaborada em 30 de junho de 2011, durante o II Encontro dos Jovens Indígenas de Oiapoque, o documento denominado “A Carta de Ahumã”, apresenta as proposições e projetos coletivos de futuro, refletindo sobre o equilíbrio necessário entre a juventude indígena e as lideranças tradicionais.

A seguir temos o trecho inicial da carta:
"Nós, jovens indígenas, reunidos no II Encontro dos Jovens Indígenas de Oiapoque, que reuniu delegações do Rio Oiapoque (TI Juminã), da BR-156, do Kumarumã, do Kumenê, do Rio Kuripi, além da delegação da TI Parque do Tumucumaque, nos dias 27 a 30 de junho de 2011, apresentamos, nesse documento o resumo dos nossos debates e conclusões.

Sabemos que são muitos desafios para nós, mas estamos dispostos a trabalhar junto com os caciques para trazer melhorias para a nossa comunidade, aprendendo com eles e ensinando o que nós sabemos, a partir da nossa condição de jovens indígenas.

Para nós, ser jovem indígena é:

- É, antes de tudo, se assumir como índio, respeitar a nossa cultura, que os nossos antepassados deixaram para nós jovens;

- É ser corajoso, guerreiro, responsável e disponível para lutar pelos nossos direitos;

- É ser alegre e sonhar sem limites;

- É estar em uma fase específica de maturidade, mas que, ao mesmo tempo, há muita curiosidade sobre tudo o que é novo, por isso temos muita vontade de adquirir novos conhecimentos, sem esquecer de valorizar a nossa cultura;

- É não ter medo de ser ousado, por isso nós jovens indígenas não temos que nos calar, temos que ter coragem de debater perante um desafio, porque é nosso direito;

Somos o presente e o futuro de nossas comunidades, por isso temos que ajudar a decidir junto com as nossas lideranças o que for melhor para o nosso bem-estar, em meio a essa nova realidade em que vivemos;

- É fazer força de união com a juventude;

- É aquele que olha principalmente a realidade dos povos indígenas pela defesa do território e identidade cultural;

- É saber diferenciar o mundo dos brancos da cultura dos povos indígenas, em busca da valorização e luta pela não-discriminação."
 Leia na íntegra a "Carta do Ahumã"

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